quarta-feira, 5 de junho de 2013

Tempos difíceis no combate às DSTs/Aids.




Hoje, no diário oficial, exoneração do infectologista Dirceu Greco decretada pelo Ministro Alexandre Padilha, da Saúde. Motivo: campanha não autorizada pela Comunicação do MS (Ministério da Saúde). A frase no cartaz "Eu sou feliz sendo prostituta" foi a responsável pela polêmica e pela queda do diretor do Departamento Nacional de DST/Aids do MS. 




A campanha continha cartazes e vídeos, gravados em março em João Pessoa numa oficina de profissionais do sexo. Os materiais integravam uma campanha do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais nas redes sociais para prevenção do HIV e redução do preconceito, denominada “sem vergonha de usar camisinha”.





Vale lembrar que em 2002, a Coordenação Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde, lançou a Campanha “Sem vergonha, garota. Você tem profissão”, com o objetivo de conscientizar as profissionais do sexo sobre a importância da prevenção com relação às Doenças Sexualmente Transmissíveis e à Aids.



São várias as dificuldades: 
  • a falta de entrosamento no próprio universo do Ministério da Saúde e dos departamentos afins; 
  • como conter os números da Aids na população em geral; 
  • como conter os números da Aids junto aos profissionais do sexo; 
  • que linguagem funciona para conversar, atingir os grupos a ponto deles conseguirem compreender, conscientizar e incorporar o conhecimento e adotar medidas preventivas na prática; 
  • como conduzir nos tempos de hoje o tema prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids? 

São muitas as questões. E neste universo que envolve sexualidade e sexo (que geram tabus e vergonha, que envolvem delicadezas, culturas e fragilidades) ainda estamos no caminho de aprender a lidar. Um aprendizado contínuo, que jamais pode parar ou retroceder.

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