quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Faz Muito Bem: um novo espaço. Acesse.

Te convido a conhecer e participar do meu novo blog: www.fazmuitobem.com. É um espaço com informações, dicas e notícias sobre arte, cultura, saúde, lazer, turismo, comportamento e gente. Gente de valor, histórias incríveis, casos de superação, quem faz diferença.

O Faz Muito Bem é blog, é programa de tv, é entretenimento e educação também. O objetivo deste meu novo projeto é rever, refletir, construir um novo conceito sobre a idade. Por isso o FMB vai se tornando uma referência especialmente para pessoas com 50+. Além, é claro, de trazer uma série de orientações para que todas as pessoas vivam mais e melhor. E sejam mais felizes!

Vou adorar a sua participação também. Acesse. Envie sugestões, dicas, informações e curiosidades.

abraço.

Lina Menezes
www.fazmuitobem.com

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Greve de médicos.

Segunda pode ter greve de médicos. Quem convoca é a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) para protestar contra o programa Mais Médicos, que foi aprovado na terça pelo Congresso. Dos pontos mais polêmicos estão a concessão de registro médico pelo Ministério da Saúde (o que até então sempre foi de responsabilidade dos Conselhos de Medicina) e o aumento do contrato de médico estrangeiro por aqui de 3 p/ 4 anos. Esse impasse vai longe...

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Quer participar do teste de vacina contra Dengue?

As inscrições estão abertas. Serão recrutadas 50 pessoas, entre 18 e 59 anos, que nunca tiveram a doença nesta primeira fase. Se você quiser ser voluntário no estudo deve saber que o acompanhamento será por 5 anos. Pode se inscrever por email vacinadengue@usp.br ou por telefone: (11) 2661-7214 / 2661-3344 (segunda a sexta, das 9h às 18h).

Os testes clínicos são conduzidos, no Brasil, pelo Instituto Butantã em parceria com o National Institutes of Health, dos EUA.


Pau que nasce torto...



... vai entortando tudo pelo caminho... e tende a morrer torto... 


Já disse isso. Já mencionamos - muitos de nós aliás - essa máxima ao refletir sobre o programa Mais Médicos – para o qual o governo federal insiste mesmo que para isso tenha de atropelar leis, criar medidas provisórias, romper com instituições.

Pra todo lado há mortos e feridos. Mas, o clima de arrastão é, no mínimo, vergonhoso. Como é possível romper laços com os Conselhos Federal e Regionais de Medicina, com as Sociedades e Associações Médicas?

O desafio da saúde no país é complexo. Óbvio. O que requer soma de forças, talentos e tecnicidade. 

Pode haver ‘falta de médicos’ – não em quantidade – mas pela má distribuição e falta de planejamento e planos de incentivo; falta rever as tabelas do SUS no repasse aos serviços prestados pelo Brasil pelas Santas Casas; falta implementar políticas e supervisão para um atendimento minimamente digno por parte dos planos de saúde; falta infraestrutura hospitalar, de unidades de saúde, de acesso a medicamentos, de acesso a exames e procedimentos.

A presidenta Dilma diz que falta ‘humanidade’ no atendimento médico à população brasileira. Ok. Falta mesmo qualificação na cadeia da saúde desde sempre. Este é mais um dos problemas a enfrentar com planejamento, seriedade, competência, ética e gestão inteligente continuada.

Justo com a SAÚDE – que envolve o binômio fatal vida e morte – não se pode encontrar subterfúgios como a MP, de autoria do deputado Rogério Carvalho, do PT, que pretende retirar a atribuição dos Conselhos de Medicina de conceder o registro para profissionais estrangeiros sem validação do diploma.

Não é democrático. Nem inteligente. E potencializa o risco de prejuízos e dissabores a curto, médio e longo prazos para a saúde da população.

Em tempo:
Dilma já quebrou alguns paradigmas. Ela poderia – ou melhor, pode – parar esse processo torto. Reunir numa grande bancada os principais representantes do segmento da saúde e RECOMEÇAR um programa eficiente e eficaz para ajudar a nossa saúde. Sem dúvida isso aumentaria muito a chance de dar certo, fazer o bem, fazer história. E de quebra angariaria votos.

Pq não?!!


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

30 anos Programa Estadual de Aids de São Paulo!


EVENTO: 30 ANOS DO PROGRAMA ESTADUAL DE AIDS DE SÃO PAULO
Data: 29, 30 e 31 de outubro de 2013
Local: Centro de Convenções Rebouças – São Paulo-SP



Para comemorar os 30 anos do Programa Estadual DST/Aids-SP, vinculado a Secretaria de Estado da Saúde, será realizado um grande evento nos dias 29, 30 e 31 deste mês, no Centro de Convenções Rebouças, São Paulo, SP. 

A boa programação conta com palestrantes nacionais e internacionais que vão debater os principais temas que envolvem a epidemia de Aids no momento e as perspectivas para o futuro. 

Vou participar do evento (depois divulgo novidades e notícias aqui) e cumprimentar o trabalho valoroso de Maria Clara Gianna que coordena o Programa que registra tantas conquistas.


PROGRAMAÇÃO 



Dia 29

 

19.00h – CERIMÔNIA DE ABERTURA 
Ministro da Saúde – Alexandre Padilha 
Governador do Estado de São Paulo – Geraldo Alckmin 
Secretário de Estado da Saúde de São Paulo – David Everson Uip 
Secretário Municipal de Saúde de São Paulo – José de Filippi Jr 
Programa das Nações Unidas para Aids, Genebra – Luiz Antonio Loures 
Programa das Nações Unidas para Aids, Brasil – Georgiana Braga-Orillard 
Conselho de Secretários Municipais de Saúde-SP – Ademar Arthur Chioro 
Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo – Rodrigo Pinheiro 
Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/aids-São Paulo – Paulo Giacomini 
Presidente do Evento – Paulo Roberto Teixeira 


20.15h – CONFERÊNCIA Perspectivas de Controle e Tratamento da aids no Mundo – Luiz Loures, vice-diretor do 
Programa de Aids da Nações Unidas (UNAIDS) e Subsecretário Geral da Organização das 
Nações Unidas (ONU) 



21.00h – AVESSO E TRAVESSO SHOW 



22.00h – COQUETEL DE CONFRATERNIZAÇÃO 



Dia 30



08.30–10.30h - Mesa Redonda – História, Presente e Futuro da epidemia de aids no Brasil 
e em São Paulo 
O Nascimento do Programa Estadual de Aids de São Paulo – Lindinalva Laurindo 
Teodorescu 
A perspectiva global da epidemia e seu impacto no Brasil – Georgiana Braga-Orillard, 
UNAIDS, Brasil 
O cenário atual da epidemia no Brasil – Fábio Mesquita, Departamento Nacional 
DST/Aids e Hepatites Virais, Ministério da Saúde 
O Controle Social da Resposta Governamental – Mário Scheffer, Fórum de ONG/Aids do 
Estado de São Paulo 
Coordenação: Maria Clara Gianna, Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP 



10.30-11.00h – Coffee Break 

11.00-12.30h – Mesa Redonda – O papel da atenção básica no controle da epidemia de 
HIV/aids 
Programa Estadual de Tuberculose do Estado de São Paulo: Vera Galesi 
As Ações de Saúde Sexual e Reprodutiva – Arnaldo Sala, Área Técnica de Atenção 
Básica, Secretaria de Estado da Saúde-SP Doenças Sexualmente Transmissíveis e Hepatites – Valdir Monteiro Pinto, Centro de 
Referência e Treinamento DST/Aids-SP 
Coordenação: Ademar Arthur Chioro, Conselho de Secretários Municipais de Saúde-SP



12.30-14.00h – Almoço 

14.00-15.45h – Roda de Conversa – O financiamento das ações de HIV/aids nas 3 esferas 
do SUS e no âmbito comunitário 
Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde – Jarbas Barbosa 
Programa Municipal DST/Aids de Piracicaba – Moisés Taglieta 
Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde-SP – Jorge Kayano 
Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo – Rodrigo Pinheiro 
Coordenação : Vilma Cervantes, Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP 



15.45-16.15 – Coffee Break 


16.15-18.00h – Roda de Conversa – O controle das ações governamentais no Estado de 
São paulo 
Ministério Público – Direitos, Proteção e Salvaguardas – Debora Kelly 
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo – Reynaldo Ayer e Caio 
Rosenthal 
A atuação da sociedade civil nos órgãos gestores – Cláudio Pereira, Fórum de ONG/Aids 
do Estado de São Paulo 
Coordenação : Rosa de Alencar Souza, Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP 




Dia 31

08.30-10.30h – Mesa Redonda – Intervenção em Grupos Mais Vulneráveis à partir de 
Estudos Sócio Comportamentais e Epidemiológicos na perspectiva dos direitos 
humanos 
Homens que fazem sexo com homens, Estudo Sampacentro – Maria Amélia Veras, 
Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo 
Profissionais do sexo feminino, Estudo RDS – Gabriela Leite, ONG Davida, Rio de 
Janeiro 
Estudo entre mulheres presidiárias do Estado de São Paulo – Cristina Lattari, Secretaria 
da Administração Penitenciária 
Estratégia do município de São Paulo na atuação junto a populações mais vulneráveis – 
Eliana Bataggia Gutierrez 
Coordenação : Vera Paiva, Núcleo de Estudos para Prevenção da Aids (Nepaids-USP)


10.30-11.00h – Coffee Break


11.00-12.45h – Mesa Redonda – Novos Horizontes 
A Gestão do risco e novas tecnologias de prevenção - Alexandre Grangeiro, Faculdade 
de Medicina da Universidade de São Paulo 
Viver com HIV/aids – Micaela Cyrino, Rede Nacional de Jovens vivendo com HIV/aids-São 
Paulo 
Vulnerabilidade e saúde integral de travestis e transexuais – Judit Busanello, Centro de 
Referência e Treinamento DST/Aids-SP 
Envelhecimento e qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/aids – Luiz Carlos 
Pereira, Instituto de Infectologia Emilío Ribas 
Coordenação: Marcos Boulos, Coordenadoria de Controle de Doenças, Secretaria de Estado 
da Saúde 


12.45-14.00h – Almoço 



15.00-16.00h – Mesa redonda : As ações de saúde pública em um estado laico 
Jean Wyllis - deputado federal Maria José Rosado Nunes – ONG As católicas pelo direito de decidir 
coordenação : Artur Kalichman, Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP 



16.00-16.30h – Coffe Break 



16.30-18.00h – Roda de Conversa – Quem Somos, Quem Seremos 
Fábio Mesquita - Departamento Nacional de DST/Aids e Hepatites Virais 
Maria Clara Gianna - Programa Estadual de DST/Aids de SP 
Eliana Bataggia Gutierrez - Programa Municipal de São Paulo 
Fátima Regina de Almeida Lima Neves - Programa Municipal de Ribeirão Preto 
Jorge Beloqui - Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo 
Paulo Giacomini - Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/aids-São Paulo 
Coordenação: Pedro Chequer 


18.00-18.45h – 4ª Edição do Prêmio Brenda Lee 



18.45-19.00h – Encerramento – Paulo Roberto Teixeira - Presidente 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Lotes apreendidos.




É lamentável como temos falhas na produção e distribuição de medicamentos no país. Sem falar em falsificação que como crime requer punição rigorosa. É a nossa saúde em jogo!

Veja listagem abaixo e divulguem!


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a distribuição, comércio e uso, em todo o país, do Lote 46202 do medicamento Kollangel, fabricado pela empresa Natulab Laboratórios, por irregularidades na rotulagem do produto.

Suspensão também na produção da Pharlab Indústria Farmacêutica. Todos os lotes fabricados a partir de 2010 do medicamento Loratadina D (na forma de comprimidos revestidos) estão proibidos de ser comercializados devido a uma alteração em sua fórmula sem a autorização prévia da agência. Já o Lote 012509 do medicamento Cedrilax 30 (na forma de comprimidos) apresentou desvio de qualidade em sua fabricação.
A Anvisa interditou ainda cautelarmente o Lote CN121046C da Solução de Cloreto de Sódio 9ml/ml, marca Nasolive, fabricado em setembro de 2012 pela empresa Farmace Indústria Químico-Farmacêutica Cearense e com validade até setembro de 2014.
A interdição vale por 90 dias e se deve a resultados insatisfatórios nos ensaios de Contagem de Bactérias Aeróbias Mesófilas e Contagem de Bolores e Leveduras.

Outra medida: apreensão e inutilização de lote falsificado do hormônio de crescimento Hormotrop. A decisão foi tomada depois de o fabricante, o Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo, informar à Anvisa que o Lote CE01105 do medicamento nunca foi comercializado pela empresa e que se trata, portanto, de falsificação.
O Hormotrop é usado no tratamento de crianças com problema de crescimento. A Anvisa determinou a apreensão e inutilização do Lote CE01105 do medicamento, na apresentação de 12 UI, pó liofilizado injetável.
O produto MMS Professional – Miracle Mineral Solution -, que era anunciado em sites com indicação de tratamento para a malária, febre amarela, o diabetes, câncer e a aids, entre outros, teve a apreensão e inutilização determinada pela Anvisa. De acordo com a agência, o produto não tem registro, sendo de procedência desconhecida.
A Anvisa também suspendeu a distribuição, o comércio e uso do Lote 0009 do medicamento antirretroviral Lamivudina 10mg/ml solução oral, fabricado pela empresa Iquego, de Goiás. O produto apresentou desvio de qualidade e a empresa fabricante deverá recolher o lote.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Podem bater à sua porta!

Exame de pressão arterial fará parte da pesquisa.


Ao todo serão 80 mil domicílios que farão parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). É a primeira vez no país que o governo vai aferir in loco, por amostragem, alguns fatores que podem ajudar a nortear políticas públicas no segmento.

Em pauta: doenças crônicas não transmissíveis, estilo de vida e acesso a atendimento médico. Muita coisa a checar. E muita coisa ainda ficará de fora.

Alguns exames serão realizados. A exemplo de sangue e urina para identificar doenças como Diabetes, Hipertensão, Dengue e grau de anemia. Afinal, confiar apenas no relato dos entrevistados é um risco, né?! Até porque muitos nem sabem que são portadores dessas doenças. Aliás, alguns nunca nem fizeram uma aferição de pressão arterial ou de glicemia. Vi essa realidade até mesmo na capital paulista ao realizar e participar de ações educativas.

Fundamental que a pesquisa considere os fatores regionais que implicam em diferentes tipos, incidências e complicações de doenças.

Sai do bolso para esta ação que começou ontem, dia 9: R$ 21 milhões, sendo R$ 15 milhões repassados pelo Ministério da Saúde ao IBGE e R$ 6 milhões pelo Hospital Sírio-Libanês que faz o aporte a partir de recursos obtidos com isenções tributárias.

Saúde é coisa séria!


A gente só pensa na saúde, em geral, quando estamos adoentados. Seja uma gripe, um câncer, uma dor lombar. Não importa a gravidade da doença. O corpo fica ruim, logo queremos saúde!

É difícil a gente pensar mesmo em saúde em termos de prevenção. Comer saudável, fazer exercício, evitar gorduras e frituras, sorrir mais, praticar mais lazer para desestressar, programar férias porque ninguém é de ferro (ainda que também enferruje...rsss).

Mas, tudo bem. É assim mesmo. Um processo. A gente vai aprendendo... com a idade, inclusive...

E nesse processo, creio, que os veículos de comunicação podem exercer um papel importante. De serviço. Isso requer, contudo, seriedade ao apurar informações, conceitos e práticas. Para não sair divulgando qualquer dado para a população pois pode configurar um desserviço. Para ser delicada.

Quanto maior o alcance do veículo pior o estrago. É fundamental compreender que saúde é coisa séria. É incrível como as pessoas assimilam mais equívocos do que acertos na lida com o próprio bem estar. (talvez até porque tenhamos, lamentavelmente, mais informação torta por aí...).

A Tv Globo, por exemplo, que já deu bons exemplos ao tocar em temas delicados em novelas... neste momento, na das 21h, prega em audiência nacional diagnósticos e tratamentos feitos numa clínica psiquiátrica das mais questionáveis. Eletrochoque, esquizofrenia psicótica, enfim, termos que profissionais da área médica e de saúde sabem 'ler' e desconsiderar exageros e equívocos.

Mas que um leigo não alcança essa dimensão de ponderação entre o certo e o errado, entre o consenso e o questionável.

Isso sem falar nos quadros do 'Fantástico' que motivam a perda de peso. A meta é boa, mas o conteúdo é permeado por equívocos que já ganham as críticas dos profissionais da área.

No Brasil temos profissionais de excelência na saúde e na medicina. Recorram a eles! Agendem uma consulta!




sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Menos política, mais saúde pública.




É com esse recado que o infectologista David Uip acaba de assumir (5set) a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

Conheço dr David há 15 anos, desde seu primeiro aceite a ser membro da comissão de um Prêmio que ajudei a lançar para estudantes de Medicina de todo o país envolvendo as universidades. Ele participou por vários anos. O envolvimento dele foi exemplar. Técnica e humanisticamente. Depois continuei acompanhando o trabalho dele ao desenvolver ações no universo da educação e prevenção do HIV/Aids, no período em que dirigiu a Casa da Aids e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

E tenho de concordar com ele: o problema da saúde não é só de gestão. Penso que é crucialmente de financiamento.

Vou acompanhar o trabalho de perto. Torcendo para que dê certo. Pois, independentemente de partidos políticos, e da política eleitoral e eleitoreira, o que estamos precisando é de mais saúde em SP. Aliás, em todo o Brasil.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Terça, 10 setembro: Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.




Eu sei... tema árido. Ninguém quer ou gosta de falar sobre o assunto. Mas, muitos de nós já tivemos um conhecido ou já ouvimos falar de alguém que tenha tentado acabar com a própria vida. Quantos de nós, inclusive, já pensamos, lá no fundinho, em querer ‘desaparecer’ – diante de uma dificuldade, ou na perda de um amor, ou numa derrocada financeira ou frente a uma tragédia...

O principal problema para afastarmos o risco, talvez seja exatamente vencer o silêncio. É difícil mesmo conversar sobre isso, aprender sobre sinais de alerta, observar sintomas. Até refletir sobre é penoso.

Entretanto, se olharmos sob outra ótica poderemos ver que o tema fica mais palatável. Mais que isso. Ficamos mais sensíveis, menos duros, mais atentos. E podemos, nesse processo, até ajudar direta ou indiretamente a salvar uma vida. Ou a nossa própria!... quem sabe?

Sem mais demoras, vou passar alguns toques rápidos que constam de um manual de prevenção que tive acesso elaborado no Rio Grande do Sul (estado que lidera o ranking de ocorrências no país).

SINAIS DO POTENCIAL SUICIDA:

Uma pessoa com ideação suicida acaba dando sinais de seus sentimentos para a família ou numa consulta ou no ambiente de trabalho ou na escola ou na roda de amigos.

OBSERVE OS 4 Ds:
  1. Depressão
  2. Desesperança
  3. Desamparo
  4. Desespero


FRASES DE ALERTA:
  • Eu não posso fazer nada.
  • Não aguento mais.
  • Sou um fracasso, um perdedor, um peso.
  • Os outros ficarão mais felizes sem mim.
  • Preferia estar morto.
  • Penso em bobagens. Pensamentos ruins. 


O QUE FAZER?

A ameaça de suicídio é uma forma também de pedir ajuda! Procure ouvir, conversar, buscar ajuda médica. Não tenha preconceito com a atenção psiquiátrica e/ou psicológica. E lembre-se que a maioria das pessoas que pensa ou tenta cometer suicídio é portadora de um transtorno mental que pode e deve ser tratado.

LINHAS DE AJUDA:

Existem ongs, voluntários, linhas que vão se institucionalizando como formas e canais de ajuda a quem necessita. Uma ligação pode mudar um destino...


O CVV (Centro de Valorização da Vida) é um canal de ajuda. Atende pelo telefone - 141 e pela internet www.cvv.org.br.

SE VOCÊ CONHECE ALGUM CENTRO OU ENTIDADE DE AJUDA NO COMBATE AO SUICÍDIO: PUBLIQUE AQUI!!



Nota pessoal:
Perdão, mas quero compartilhar uma experiência. Logo no início do meu trabalho na área de educação em saúde (há mais de 20 anos) me deparei com um tema muito complexo e delicado: Esquizofrenia (uma doença mental ainda sub-diagnosticada). No processo conversei com uma mãe de quem ouvi um dos depoimentos mais desconcertantes: ela havia mudado a vida totalmente e se debruçado no combate à doença. 

Tinha um único filho. Adolescente. E como todo jovem neste período tinha altos e baixos. Ouvia som trancado no quarto por horas. Mas também ia para baladas com a turma. Nem era o primeiro, nem o último da sala na escola. Entrou numa fase difícil. Ficou mais introspectivo. E trancou-se no quarto. No início, a mãe achou que era da idade e um baixo astral pela primeira decepção amorosa. Mas, num aparente normal dia de quarta-feira, o garoto não apareceu nem para almoçar. A mãe, preocupada, depois de várias tentativas, insistiu: bateu, bateu, bateu na porta do quarto, sem resposta. Até que o pai chegou. Decidiram arrombar. Encontraram o filho, enforcado, sem vida.

Algum tempo após a tragédia, a família foi investigar com médicos, professores, colegas. E aos poucos foram identificando diversos sinais que poderiam ser um alerta de um transtorno mental (neste caso da esquizofrenia, que tem uma íntima relação com suicídio entre jovens no mundo inteiro). 

Essa mãe até hoje luta pela causa.

Eu, nunca mais deixei de atuar na área de educação em saúde. 

Na saúde, aprendi. Uma informação, um conhecimento a mais, pode fazer toda a diferença. De vida!

bjs
Lina







quinta-feira, 29 de agosto de 2013

'Mais Médicos': o nome é bom, mas...


Penso que quando uma estratégia tem equívocos importantes na base de sua concepção o risco da geração de erros e destemperos se intensifica. Óbvio. Até aí, muitos com quem tenho conversado, concordam.

E num processo assim sobram farpas e indelicadezas pra todo lado.

Sofre a população - em primeiríssimo lugar (pela desassistência continuada) -, sofrem os médicos e todos os profissionais da saúde (pela voz não ouvida que desencadeia atitudes diversas e nem sempre adequadas), sofrem as autoridades governamentais (que uma vez posto em prática acham que voltar atrás não é alternativa pelo risco de adversários explorarem como um fracasso político).

E nesse imbrólio fica tudo misturado e vergonhoso. As arestas são muitas, há razões em todos os lados,  bem como há erros crassos.

Quem pensa realmente que a discussão dos desafios da saúde pública no país está na origem da nacionalidade do médico que presta um serviço?

É isso que ganha todo dia as manchetes nas editorias de saúde. Uma queda de braço em que não haverá vencedores.

Mas, enfim, não há porque só reclamar e ficar assistindo de camarote.

E que nos sirva a todos de lição: o quão fundamental é saber eleger os agentes que devem ser ouvidos ANTES de definir estratégias e projetos amplos para resolver problemas da saúde. E é essencial ouvir técnicos, profissionais da área, gente com experiência em políticas e práticas públicas. E que me perdoem inclusive os céticos mas há formas de reunir gente boa sem conchavos e acordos políticos.

O caminho a essa altura - por mais que diante de notícias como os R$ 24 milhões do Brasil para a Opas, referente a coordenação e mediação de médicos cubanos nos inspira a bater boca - é o de encontrar certa harmonia na balança de pré-conceitos e julgamentos. E não perder de vista que, na ponta, há um cidadão, uma família, a serem atendidos. Com urgência!




quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Estamos gordos.





Há muito já percebemos que estamos nos tornando cada dia mais gordos.  O sobrepeso já alcança mais da metade da população brasileira.

As gordurinhas extras implicam em maior risco para a saúde. Ficamos, assim, mais propensos a ter um infarto pelo colesterol aumentado e a desenvolver Diabetes  tipo 2 (que acomete pessoas em idade cada vez mais precoce).

Engordar, porém, é um processo. Isso só ocorre porque vamos alterando o hábito de comer: verduras dão lugar a mais salgadinhos, frutas às guloseimas, além de muito churrasco (gordura animal como da picanha, infelizmente, faz mal). Só para citar algumas de nossas práticas.

Também andamos substituindo as pernadas (fazíamos muitas coisas à pé tempos atrás) pelo transporte mais rápido – carro, ônibus, metrô. E vamos nos acostumando com o sedentarismo.

É fácil a preguiça ir tomando conta da gente. Bem como a capacidade que temos de justificar a nós mesmos a razão de estarmos comendo mais e queimando menos calorias (pela idade, pela ansiedade, pela dificuldades, enfim...).

Nos últimos 7 anos a Obesidade (doença) subiu de 11% para 17% da população. E os gordinhos, tudo indica, estão ‘correndo’ para ultrapassar logo a barreira do sobrepeso e serem classificados como obesos.

O Ministro da Saúde atual, Alexandre Padilha, num intervalo da discussão do Mais Médicos diz que é hora de adotarmos hábitos saudáveis.

Penso que passamos da hora! Mas na saúde acredito que nunca é tarde. Daí que precisamos fazer muito mais pela conscientização de cada um e do coletivo sobre o que significa hábitos saudáveis. 

Como podemos driblar a correria diária e comer de forma mais regrada e mais adequada. Como substituir trajetos – pequenos que sejam – do transporte para a caminhada ou pela bicicleta. São Paulo, por exemplo, tem ganhado diversos ‘bicicletários’ espalhados por várias regiões da cidade. (Cada dia vemos mais gente pedalando, inclusive, com as bicicletas laranjas, que ganham o logo do Itaú).

Não sou contra apoios, parcerias, patrocínios. Desde que auxiliem os bons hábitos, facilitem acessos a utilidades, façam mais bem que mal.

E no ambiente de trabalho...

É onde estou implementando algumas ações educativas nesta temática. Tenho desenvolvido materiais e estratégias para diagnosticar o índice de sobrepeso dentro de empresas (de vários portes) e ajudado a aplicar programas de combate ao sedentarismo e à obesidade, incentivando condutas mais saudáveis. E nada de grandes devaneios. Acredito na implementação de medidas que possam ser viáveis, no curto, médio e longo prazos. De nada adianta projeto apenas idealista sem ser viável ou ficar só no discurso para gerar capilaridade política. 

P.s.: Sabe aquela máxima... pequenas mudanças geram grandes transformações; cada dia um dia; enfim... emagrecer, ser mais ativo, envelhecer com saúde... também são um processo. O que é preciso é começar a fazer!...


Lembrete:
* planos de saúde são obrigados a cobrir cirurgias de redução de estômago para obesos mórbidos e para casos em que o médico avalia de extrema necessidade.