quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Lotes apreendidos.




É lamentável como temos falhas na produção e distribuição de medicamentos no país. Sem falar em falsificação que como crime requer punição rigorosa. É a nossa saúde em jogo!

Veja listagem abaixo e divulguem!


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu a distribuição, comércio e uso, em todo o país, do Lote 46202 do medicamento Kollangel, fabricado pela empresa Natulab Laboratórios, por irregularidades na rotulagem do produto.

Suspensão também na produção da Pharlab Indústria Farmacêutica. Todos os lotes fabricados a partir de 2010 do medicamento Loratadina D (na forma de comprimidos revestidos) estão proibidos de ser comercializados devido a uma alteração em sua fórmula sem a autorização prévia da agência. Já o Lote 012509 do medicamento Cedrilax 30 (na forma de comprimidos) apresentou desvio de qualidade em sua fabricação.
A Anvisa interditou ainda cautelarmente o Lote CN121046C da Solução de Cloreto de Sódio 9ml/ml, marca Nasolive, fabricado em setembro de 2012 pela empresa Farmace Indústria Químico-Farmacêutica Cearense e com validade até setembro de 2014.
A interdição vale por 90 dias e se deve a resultados insatisfatórios nos ensaios de Contagem de Bactérias Aeróbias Mesófilas e Contagem de Bolores e Leveduras.

Outra medida: apreensão e inutilização de lote falsificado do hormônio de crescimento Hormotrop. A decisão foi tomada depois de o fabricante, o Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo, informar à Anvisa que o Lote CE01105 do medicamento nunca foi comercializado pela empresa e que se trata, portanto, de falsificação.
O Hormotrop é usado no tratamento de crianças com problema de crescimento. A Anvisa determinou a apreensão e inutilização do Lote CE01105 do medicamento, na apresentação de 12 UI, pó liofilizado injetável.
O produto MMS Professional – Miracle Mineral Solution -, que era anunciado em sites com indicação de tratamento para a malária, febre amarela, o diabetes, câncer e a aids, entre outros, teve a apreensão e inutilização determinada pela Anvisa. De acordo com a agência, o produto não tem registro, sendo de procedência desconhecida.
A Anvisa também suspendeu a distribuição, o comércio e uso do Lote 0009 do medicamento antirretroviral Lamivudina 10mg/ml solução oral, fabricado pela empresa Iquego, de Goiás. O produto apresentou desvio de qualidade e a empresa fabricante deverá recolher o lote.


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Podem bater à sua porta!

Exame de pressão arterial fará parte da pesquisa.


Ao todo serão 80 mil domicílios que farão parte da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). É a primeira vez no país que o governo vai aferir in loco, por amostragem, alguns fatores que podem ajudar a nortear políticas públicas no segmento.

Em pauta: doenças crônicas não transmissíveis, estilo de vida e acesso a atendimento médico. Muita coisa a checar. E muita coisa ainda ficará de fora.

Alguns exames serão realizados. A exemplo de sangue e urina para identificar doenças como Diabetes, Hipertensão, Dengue e grau de anemia. Afinal, confiar apenas no relato dos entrevistados é um risco, né?! Até porque muitos nem sabem que são portadores dessas doenças. Aliás, alguns nunca nem fizeram uma aferição de pressão arterial ou de glicemia. Vi essa realidade até mesmo na capital paulista ao realizar e participar de ações educativas.

Fundamental que a pesquisa considere os fatores regionais que implicam em diferentes tipos, incidências e complicações de doenças.

Sai do bolso para esta ação que começou ontem, dia 9: R$ 21 milhões, sendo R$ 15 milhões repassados pelo Ministério da Saúde ao IBGE e R$ 6 milhões pelo Hospital Sírio-Libanês que faz o aporte a partir de recursos obtidos com isenções tributárias.

Saúde é coisa séria!


A gente só pensa na saúde, em geral, quando estamos adoentados. Seja uma gripe, um câncer, uma dor lombar. Não importa a gravidade da doença. O corpo fica ruim, logo queremos saúde!

É difícil a gente pensar mesmo em saúde em termos de prevenção. Comer saudável, fazer exercício, evitar gorduras e frituras, sorrir mais, praticar mais lazer para desestressar, programar férias porque ninguém é de ferro (ainda que também enferruje...rsss).

Mas, tudo bem. É assim mesmo. Um processo. A gente vai aprendendo... com a idade, inclusive...

E nesse processo, creio, que os veículos de comunicação podem exercer um papel importante. De serviço. Isso requer, contudo, seriedade ao apurar informações, conceitos e práticas. Para não sair divulgando qualquer dado para a população pois pode configurar um desserviço. Para ser delicada.

Quanto maior o alcance do veículo pior o estrago. É fundamental compreender que saúde é coisa séria. É incrível como as pessoas assimilam mais equívocos do que acertos na lida com o próprio bem estar. (talvez até porque tenhamos, lamentavelmente, mais informação torta por aí...).

A Tv Globo, por exemplo, que já deu bons exemplos ao tocar em temas delicados em novelas... neste momento, na das 21h, prega em audiência nacional diagnósticos e tratamentos feitos numa clínica psiquiátrica das mais questionáveis. Eletrochoque, esquizofrenia psicótica, enfim, termos que profissionais da área médica e de saúde sabem 'ler' e desconsiderar exageros e equívocos.

Mas que um leigo não alcança essa dimensão de ponderação entre o certo e o errado, entre o consenso e o questionável.

Isso sem falar nos quadros do 'Fantástico' que motivam a perda de peso. A meta é boa, mas o conteúdo é permeado por equívocos que já ganham as críticas dos profissionais da área.

No Brasil temos profissionais de excelência na saúde e na medicina. Recorram a eles! Agendem uma consulta!




sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Menos política, mais saúde pública.




É com esse recado que o infectologista David Uip acaba de assumir (5set) a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

Conheço dr David há 15 anos, desde seu primeiro aceite a ser membro da comissão de um Prêmio que ajudei a lançar para estudantes de Medicina de todo o país envolvendo as universidades. Ele participou por vários anos. O envolvimento dele foi exemplar. Técnica e humanisticamente. Depois continuei acompanhando o trabalho dele ao desenvolver ações no universo da educação e prevenção do HIV/Aids, no período em que dirigiu a Casa da Aids e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

E tenho de concordar com ele: o problema da saúde não é só de gestão. Penso que é crucialmente de financiamento.

Vou acompanhar o trabalho de perto. Torcendo para que dê certo. Pois, independentemente de partidos políticos, e da política eleitoral e eleitoreira, o que estamos precisando é de mais saúde em SP. Aliás, em todo o Brasil.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Terça, 10 setembro: Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.




Eu sei... tema árido. Ninguém quer ou gosta de falar sobre o assunto. Mas, muitos de nós já tivemos um conhecido ou já ouvimos falar de alguém que tenha tentado acabar com a própria vida. Quantos de nós, inclusive, já pensamos, lá no fundinho, em querer ‘desaparecer’ – diante de uma dificuldade, ou na perda de um amor, ou numa derrocada financeira ou frente a uma tragédia...

O principal problema para afastarmos o risco, talvez seja exatamente vencer o silêncio. É difícil mesmo conversar sobre isso, aprender sobre sinais de alerta, observar sintomas. Até refletir sobre é penoso.

Entretanto, se olharmos sob outra ótica poderemos ver que o tema fica mais palatável. Mais que isso. Ficamos mais sensíveis, menos duros, mais atentos. E podemos, nesse processo, até ajudar direta ou indiretamente a salvar uma vida. Ou a nossa própria!... quem sabe?

Sem mais demoras, vou passar alguns toques rápidos que constam de um manual de prevenção que tive acesso elaborado no Rio Grande do Sul (estado que lidera o ranking de ocorrências no país).

SINAIS DO POTENCIAL SUICIDA:

Uma pessoa com ideação suicida acaba dando sinais de seus sentimentos para a família ou numa consulta ou no ambiente de trabalho ou na escola ou na roda de amigos.

OBSERVE OS 4 Ds:
  1. Depressão
  2. Desesperança
  3. Desamparo
  4. Desespero


FRASES DE ALERTA:
  • Eu não posso fazer nada.
  • Não aguento mais.
  • Sou um fracasso, um perdedor, um peso.
  • Os outros ficarão mais felizes sem mim.
  • Preferia estar morto.
  • Penso em bobagens. Pensamentos ruins. 


O QUE FAZER?

A ameaça de suicídio é uma forma também de pedir ajuda! Procure ouvir, conversar, buscar ajuda médica. Não tenha preconceito com a atenção psiquiátrica e/ou psicológica. E lembre-se que a maioria das pessoas que pensa ou tenta cometer suicídio é portadora de um transtorno mental que pode e deve ser tratado.

LINHAS DE AJUDA:

Existem ongs, voluntários, linhas que vão se institucionalizando como formas e canais de ajuda a quem necessita. Uma ligação pode mudar um destino...


O CVV (Centro de Valorização da Vida) é um canal de ajuda. Atende pelo telefone - 141 e pela internet www.cvv.org.br.

SE VOCÊ CONHECE ALGUM CENTRO OU ENTIDADE DE AJUDA NO COMBATE AO SUICÍDIO: PUBLIQUE AQUI!!



Nota pessoal:
Perdão, mas quero compartilhar uma experiência. Logo no início do meu trabalho na área de educação em saúde (há mais de 20 anos) me deparei com um tema muito complexo e delicado: Esquizofrenia (uma doença mental ainda sub-diagnosticada). No processo conversei com uma mãe de quem ouvi um dos depoimentos mais desconcertantes: ela havia mudado a vida totalmente e se debruçado no combate à doença. 

Tinha um único filho. Adolescente. E como todo jovem neste período tinha altos e baixos. Ouvia som trancado no quarto por horas. Mas também ia para baladas com a turma. Nem era o primeiro, nem o último da sala na escola. Entrou numa fase difícil. Ficou mais introspectivo. E trancou-se no quarto. No início, a mãe achou que era da idade e um baixo astral pela primeira decepção amorosa. Mas, num aparente normal dia de quarta-feira, o garoto não apareceu nem para almoçar. A mãe, preocupada, depois de várias tentativas, insistiu: bateu, bateu, bateu na porta do quarto, sem resposta. Até que o pai chegou. Decidiram arrombar. Encontraram o filho, enforcado, sem vida.

Algum tempo após a tragédia, a família foi investigar com médicos, professores, colegas. E aos poucos foram identificando diversos sinais que poderiam ser um alerta de um transtorno mental (neste caso da esquizofrenia, que tem uma íntima relação com suicídio entre jovens no mundo inteiro). 

Essa mãe até hoje luta pela causa.

Eu, nunca mais deixei de atuar na área de educação em saúde. 

Na saúde, aprendi. Uma informação, um conhecimento a mais, pode fazer toda a diferença. De vida!

bjs
Lina