quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Pau que nasce torto...



... vai entortando tudo pelo caminho... e tende a morrer torto... 


Já disse isso. Já mencionamos - muitos de nós aliás - essa máxima ao refletir sobre o programa Mais Médicos – para o qual o governo federal insiste mesmo que para isso tenha de atropelar leis, criar medidas provisórias, romper com instituições.

Pra todo lado há mortos e feridos. Mas, o clima de arrastão é, no mínimo, vergonhoso. Como é possível romper laços com os Conselhos Federal e Regionais de Medicina, com as Sociedades e Associações Médicas?

O desafio da saúde no país é complexo. Óbvio. O que requer soma de forças, talentos e tecnicidade. 

Pode haver ‘falta de médicos’ – não em quantidade – mas pela má distribuição e falta de planejamento e planos de incentivo; falta rever as tabelas do SUS no repasse aos serviços prestados pelo Brasil pelas Santas Casas; falta implementar políticas e supervisão para um atendimento minimamente digno por parte dos planos de saúde; falta infraestrutura hospitalar, de unidades de saúde, de acesso a medicamentos, de acesso a exames e procedimentos.

A presidenta Dilma diz que falta ‘humanidade’ no atendimento médico à população brasileira. Ok. Falta mesmo qualificação na cadeia da saúde desde sempre. Este é mais um dos problemas a enfrentar com planejamento, seriedade, competência, ética e gestão inteligente continuada.

Justo com a SAÚDE – que envolve o binômio fatal vida e morte – não se pode encontrar subterfúgios como a MP, de autoria do deputado Rogério Carvalho, do PT, que pretende retirar a atribuição dos Conselhos de Medicina de conceder o registro para profissionais estrangeiros sem validação do diploma.

Não é democrático. Nem inteligente. E potencializa o risco de prejuízos e dissabores a curto, médio e longo prazos para a saúde da população.

Em tempo:
Dilma já quebrou alguns paradigmas. Ela poderia – ou melhor, pode – parar esse processo torto. Reunir numa grande bancada os principais representantes do segmento da saúde e RECOMEÇAR um programa eficiente e eficaz para ajudar a nossa saúde. Sem dúvida isso aumentaria muito a chance de dar certo, fazer o bem, fazer história. E de quebra angariaria votos.

Pq não?!!


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