Temos produzido, no país, uma
quantidade absurda de lixo classificado como eletrônico: de geladeiras a
secadores de cabelo, tvs, computadores e celulares. Mais precisamente, 900 mil
toneladas por ano que são descartadas no lixo comum.
O impacto disso para nossa
saúde é ruim e pode ser devastador também para o meio ambiente e para a
qualidade da vida caso providências não sejam tomadas.
O problema é que temos menos
de um ano para implementar o Plano
Nacional dos Resíduos Sólidos e estamos bem atrasados.
Para resíduos menores, como
pilhas e celulares, o setor concorda com a necessidade de aumentar pontos de
coleta. E educar a população.
Mas, o desafio está na
recolha de materiais de grande porte e difícil transporte, como geladeiras,
fogões, monitores e televisores, aparelhos de ar condicionado, entre outros
tantos itens.
Muitas questões...
Como fazer esta coleta? Quem paga por isso? Temos infra suficiente para
reciclar esse tipo de produto de maneira adequada? Quem vai informar, educar e
orientar a população para uma mudança cultural em relação ao lixo? Como
consumir menos? Reciclar mais? Como fiscalizar para que haja menos
obsolescência programada para eletrônicos (que é a decisão do produtor de
propositadamente desenvolver, fabricar e distribuir um produto para consumo de
forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o
consumidor a comprar a nova geração do produto)?
P.s.: Nas discussões no
setor, principalmente, entre os fabricantes de produtos de grande porte uma
solução apontada seria oferecer ao consumidor, na hora da compra, uma opção de
associar a coleta para reciclagem. Assim, o fabricante do novo produto que
estará sendo entregue na casa do cidadão quando de uma substituição levaria o
fogão velho, por exemplo.
O problema é que para o setor é o cidadão
consumidor quem deve pagar também por isso, contrariando regras e legislações
que tendem sempre a indicar que o responsável prioritário deve ser quem produz,
fabrica e distribui o produto.
O
lixo depositado em locais inadequados pode causar:
- contaminação do solo, ar e água;
- proliferação de vetores transmissores de doenças;
- entupimento de redes de drenagem urbana;
- enchentes;
- degradação do ambiente e depreciação imobiliária;
- doenças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário