A promessa é para o ano que vem. 2014 – ano de eleição –
marca o reforço do programa de combate à violência feminina no país. Nesta
semana de agosto, governo de São Paulo (estadual e municipal) divulga a
iniciativa da Casa da Mulher Brasileira que tem estreia para março. E neste modelo de assistência integral à
mulher, cada estado deverá ganhar uma também, segundo o Ministério da Saúde.
É boa a
fórmula que congrega num mesmo espaço atendimento médico, psicológico
(finalmente estamos reconhecendo que a mulher agredida sofre de estresse
pós-traumático), além de delegado, juiz, promotor e defensor público.
Na tal Casa paulista, que ficará no centro da capital,
haverá um total de 20 camas e 20 berços. Então, se lotada, serão 20 mulheres
por mês acomodadas nesta infra.
Como o número de mulheres que sofre violência é muito maior,
uma boa sugestão é que parte do recurso de R$ 265 milhões destinados pelo
governo federal ao programa também possa ser canalizado para capacitar mais hospitais e unidades de
saúde nesse acolhimento.
Pois, vale lembrar, o exemplo do Hospital Pérola Byington que, há anos, faz do Pronto Atendimento um
serviço de referência no socorro à mulher vítima de violência sexual.
Acompanhei diversos desses atendimentos – casos de crianças
a idosas – que receberam uma assistência multiprofissional competente. E lá
mesmo funciona também unidade da polícia, da justiça, do IML.
O problema é que a maioria dos hospitais (públicos e
privados) não quer atender esse ‘tipo de paciente’. Lembro-me bem de quando fiz
um trabalho educativo de combate à violência que esta era uma das queixas mais
frequentes.
Em geral, estes casos chocam, expõem a desumanidade, geram
até certa repulsa, e não são uma boa vitrine para os hospitais angariarem
prestígio, reconhecimento e mais clientes.
Mas, com certeza, ampliar locais de atendimento com
capacitação e fazer um trabalho mais amplo e continuado de educação e
conscientização da população é um caminho que julgo viável e útil. Nem por isso, fácil. Mas, necessário.
Lembretes:
- Lei Maria da Penha existe há 7 anos.
- Disque Denúncia – 181
- Central de Atendimento à Mulher (o ligue 180) também deverá ser transformado em disque denúncia,
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