segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Lixo eletrônico: mais consumo, mais problemas!





Temos produzido, no país, uma quantidade absurda de lixo classificado como eletrônico: de geladeiras a secadores de cabelo, tvs, computadores e celulares. Mais precisamente, 900 mil toneladas por ano que são descartadas no lixo comum.

O impacto disso para nossa saúde é ruim e pode ser devastador também para o meio ambiente e para a qualidade da vida caso providências não sejam tomadas.

O problema é que temos menos de um ano para implementar o Plano Nacional dos Resíduos Sólidos e estamos bem atrasados.

Para resíduos menores, como pilhas e celulares, o setor concorda com a necessidade de aumentar pontos de coleta. E educar a população.

Mas, o desafio está na recolha de materiais de grande porte e difícil transporte, como geladeiras, fogões, monitores e televisores, aparelhos de ar condicionado, entre outros tantos itens.

Muitas questões...

Como fazer esta coleta? Quem paga por isso? Temos infra suficiente para reciclar esse tipo de produto de maneira adequada? Quem vai informar, educar e orientar a população para uma mudança cultural em relação ao lixo? Como consumir menos? Reciclar mais? Como fiscalizar para que haja menos obsolescência programada para eletrônicos (que é a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar e distribuir um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto)?

P.s.: Nas discussões no setor, principalmente, entre os fabricantes de produtos de grande porte uma solução apontada seria oferecer ao consumidor, na hora da compra, uma opção de associar a coleta para reciclagem. Assim, o fabricante do novo produto que estará sendo entregue na casa do cidadão quando de uma substituição levaria o fogão velho, por exemplo.

O problema é que para o setor é o cidadão consumidor quem deve pagar também por isso, contrariando regras e legislações que tendem sempre a indicar que o responsável prioritário deve ser quem produz, fabrica e distribui o produto.

O lixo depositado em locais inadequados pode causar:

  • contaminação do solo, ar e água;
  • proliferação de vetores transmissores de doenças;
  • entupimento de redes de drenagem urbana;
  • enchentes;
  • degradação do ambiente e depreciação imobiliária;
  • doenças. 




Nenhum comentário:

Postar um comentário