... vai entortando tudo pelo caminho... e tende a morrer
torto...
Já disse isso. Já mencionamos - muitos de nós aliás - essa
máxima ao refletir sobre o programa Mais Médicos
– para o qual o governo federal insiste mesmo que para isso tenha de atropelar
leis, criar medidas provisórias, romper com instituições.
Pra todo lado há mortos e feridos. Mas, o clima de arrastão é, no mínimo, vergonhoso. Como
é possível romper laços com os Conselhos Federal e Regionais de Medicina, com
as Sociedades e Associações Médicas?
O desafio da saúde no país é complexo. Óbvio. O que requer
soma de forças, talentos e tecnicidade.
Pode haver ‘falta de médicos’ – não em quantidade – mas pela
má distribuição e falta de planejamento e planos de incentivo; falta rever as
tabelas do SUS no repasse aos serviços prestados pelo Brasil pelas Santas
Casas; falta implementar políticas e supervisão para um atendimento minimamente
digno por parte dos planos de saúde; falta infraestrutura hospitalar, de
unidades de saúde, de acesso a medicamentos, de acesso a exames e
procedimentos.
A presidenta Dilma
diz que falta ‘humanidade’ no atendimento médico à população brasileira. Ok.
Falta mesmo qualificação na cadeia da saúde desde sempre. Este é mais um dos
problemas a enfrentar com planejamento, seriedade, competência, ética e gestão
inteligente continuada.
Justo com a SAÚDE – que envolve o binômio
fatal vida e morte – não se pode encontrar subterfúgios como a MP, de
autoria do deputado Rogério Carvalho,
do PT, que pretende retirar a atribuição dos Conselhos de Medicina de conceder
o registro para profissionais estrangeiros sem validação do diploma.
Não é democrático. Nem inteligente. E potencializa o risco
de prejuízos e dissabores a curto, médio e longo prazos para a saúde da
população.
Em tempo:
Dilma já quebrou alguns paradigmas. Ela poderia – ou
melhor, pode – parar esse processo torto. Reunir numa grande bancada os
principais representantes do segmento da saúde e RECOMEÇAR um programa
eficiente e eficaz para ajudar a nossa saúde. Sem dúvida isso aumentaria muito
a chance de dar certo, fazer o bem, fazer história. E de quebra angariaria
votos.
Pq não?!!
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